Janeiro Branco: a conscientização sobre os cuidados com a saúde mental
O mês de janeiro é marcado pela campanha “Janeiro Branco”, que foi instituída em Jundiaí pela Lei 9.359/2019, de iniciativa dos vereadores Faouaz Taha e Rogério Ricardo da Silva, com a finalidade de abordar temáticas voltadas a saúde mental.
Para Rogério, um dos autores da Lei, o objetivo é colocar esse tema em evidência, promovendo a conscientização sobre a importância da prevenção ao adoecimento emocional, algo que gera impactos preocupantes em nossa sociedade. Quanto mais essa pauta ser discutida, mais vidas serão salvas. “A saúde mental é uma bandeira que defendo há anos e através dessa Lei, o Janeiro Branco se torna o mês de olhar para a saúde psicoemocional e dar mais atenção às pessoas que nos rodeiam”, complementou o vereador.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a pandemia da Covid-19 interrompeu serviços essenciais de Saúde Mental em 93% dos países do mundo e, ao mesmo tempo, intensificou a procura por esses mesmos serviços. No Brasil, de acordo com uma pesquisa do Instituto FSB, 62% das brasileiras e 43% dos brasileiros afirmaram que a saúde emocional ‘piorou’ ou ‘piorou muito’ durante a pandemia.
Em um estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e outras seis universidades nacionais, enquanto 40% da população brasileira apresentavam sentimentos frequentes de tristeza e de depressão, outros 50% da mesma população apresentava frequentes sentimentos de ansiedade e de nervosismo. Por esse motivo, o vereador Faouaz, também autor da Lei, considera que instituir essa temática no município foi muito importante para que a causa ganhasse notoriedade, anualmente. “Sou entusiasta de que esse assunto seja ainda mais discutido pós-pandemia, já que a demanda por esse tipo de assistência cresceu significativamente”, relatou o vereador.
Em Jundiaí, a Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS), por meio da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), oferta atendimento integral e com práticas integrativas e complementares, visando a promoção da saúde mental. “A partir desse movimento, o objetivo é chamar a atenção da sociedade para essa importante questão. Atrelados à simbologia do recomeço, muitas pessoas fazem planejamentos e reflexões. É igualmente fundamental, para a manutenção da qualidade de vida, os cuidados com saúde mental e emocional”, sugere a gestora adjunta da UGPS, médica Dayane Aparecida Pereira Martins.
Em 2022, a RAPS registrou cerca de 89,9 mil atendimentos, com prevalência dos casos de depressão e ansiedade. Em Jundiaí, o serviço está organizado a partir de ofertas aos diferentes graus de complexidade, ocorrendo por livre demanda, sem a necessidade de encaminhamento ou agendamento.