Comissão confirma irregularidades no Serviço Funerário
De acordo com o relatório da Comissão foram verificados falta de documentos de registro de óbitos, diferença de valores de receita e despesa, cobrança de taxa dos munícipes sem previsão legal, incongruências nos valores das isenções às pessoas de baixa renda, lançamento de despesas com o pagamento de funcionários que recebem salário da Prefeitura, notas fiscais sem especificação do serviço e sem o respectivo comprovante de empenho, entre outros detalhes.
A investigação começou em 21 de agosto após o recebimento de denúncias de que o Serviço Funerário vendia os caixões a um preço muito acima do valor do custo. A FUMAS alegava que isso acontecia porque o Serviço Funerário é deficitário e precisaria cobrir seus custos. Mas não foi isso que a Comissão apurou com base nos documentos enviados pela própria Fundação. Ao contrário, os dados apontam um superávit de R$ 387,4 mil entre janeiro e junho deste ano. "Se existe superávit, há espaço para a diminuição dos preços cobrados à população, conforme determina o Decreto 1.200 de novembro de 1963", destacou Adilson Rosa.
O vereador Gerson Sartori aprovou o conteúdo do relatório, mas apresentou voto em separado. Ele acredita que as irregularidades são suficientes para a abertura de uma Comissão Especial de Inquérito, que tem mais poderes que uma CI para convocar depoentes e requisitar documentos. Já Adilson e Kachan defendem que os problemas já foram apontados e agora cabe ao Ministério Público abrir uma investigação.