Deficientes mostram como romper barreiras
As palestras dos especialistas foram enriquecidas pela platéia, que participou ativamente com exemplos, sugestões e até apelos emocionados. Para o presidente Luiz Fernando Machado, as pessoas com deficiência foram para aprender mas também para ensinar muita coisa a respeito de barreiras - físicas ou não - e como quebrá-las.
Na abertura estavam presentes a presidente da OAB Jundiaí, Gisele Fleury Charmillot Germano de Lemos; o secretário municipal de Educação, Antônio Galego, e o de Planejamento e Meio Ambiente, Francisco Carbonari (que veio também como integrante do Conselho Estadual de Educação). Eles elogiaram a iniciativa e destacaram que a Prefeitura tem atuando fortemente na adequação dos espaços para melhorar a acessibilidade. Galego salientou que há mais de 300 professores da rede municipal fazendo pós-graduação em educação para pessoas com necessidades especiais. Carbonari lembrou que o Conselho Estadual de Educação normatizou no ano passado a educação para pessoas com necessidades especiais e garantiu que a inclusão é irreversível e necessária e trará um ganho a toda a sociedade. "O Conselho vailutar contra a idéia de classes especiais", ressaltou.
Acessibilidade e barreiras
A presidente do Conselho Municipal da Pessoa Portadora de Deficiência, Aparecida Lurdes de Oliveira, salientou que o deficiente não quer mais ficar enclausurado e nem ser tratado como coitado. "Temos muita vontade e garra. Só é preciso oportunidades". Ela elogiou a iniciativa do Fórum e também a adoção, por parte da Câmara, de um elevador para pessoas com dificuldade de locomoção. "Foi uma sugestão do Conselho que a Câmara realizou. Isso mostra que as coisas estão mudando".
A sucessão de palestras e também as intervenções da platéia confirmou a observação de Lurdes. Mais que assistir, os presentes contribuiram para montar um quadro da situação na cidade e mostraram que têm mesmo muita garra para mobilizar a sociedade. O jornalista Roberto Rios, palestrante da Campos Gestão Empresarial, resumiu: "Na verdade, todos nós - deficientes ou não - enfrentamos algum tipo de barreira em nossas vidas. O importante é saber lidar com elas". A Campos é uma instituição que atua há sete anos com ênfase na inclusão social e valorização da diversidade, aprimoramento de competências, segurança e qualidade de vida no trabalho. O objetivo é dar condições de inclusão às pessoas com deficiência.
Enquanto Rios abordou a "Evolulção e Realidade da Condição da Pessoa com Deficiência", outros profissionais falaram de "Legislação que ampara a Educação Inclusiva" (Márcia Regina Marolo - psicopedagoga); "Formação do Centro de Recursos" (Bernadete de Araújo Duarte - pós-graduada em Educação Especial); "Recursos Financeiros para Viabilidade da Educação Inclusiva" (Rosalina Campos - psicopedagoga) e "Cidade Auto-sustentável: Educação Inclusiva, Juventude Protagonista e Inclusão no Mercado de Trabalho" (Adriano Bandini - psicólogo e diretor da Campos Gestão Consultoria).