Deputado defende aprovação da reforma política
O deputado veio a convite do vereador Gerson Sartori (PT) para falar sobre os últimos acontecimentos que envolvem a reforma política em discussão no Congresso Nacional. Na platéia, representantes do PT e de outros partidos de Jundiaí e região.
Antes da palestra em plenário, o deputado foi recebido pelo presidente da Câmara, Luiz Fernando Machado (PSDB) em seu gabinete, com a presença de Sartori e do vereador Carlos Kubitza (PT). Ali, João Paulo concedeu entrevista coletiva e salientou que o fato de Jundiaí não ter deputado eleito não significará retrocesso para a cidade em seus pleitos junto ao Congresso ou ao Governo Federal. "Estamos à disposição para o presidente Luiz Fernando e os demais vereadores no encaminhamento junto aos órgãos do Governo", ressaltou.
Na palestra João Paulo defendeu mudanças como o financiamento público das campanhas eleitorais, a fidelidade partidária e a mais recente novidade em discussão: a lista flexível, ou lista "totalflex", como já foi apelidada. O modelo anterior, da lista fechada, não emplacou na tentativa de votação da quinta-feira. Nova rodada deve ocorrer na terça-feira.
Pela proposta da lista flexível, o eleitor votaria numa lista fechada elaborada pelos partidos, mas também teria a opção de, numa segunda votação, escolher individualmente um candidato. Os eleitos viriam tanto da lista quanto da votação individual. João Paulo deu exemplos de como funcionaria o sistema.
Já o financiamento público prevê que as campanhas sejam financiadas apenas com recursos da União, no valor equivalente a R$ 7 por eleitor. Doações de pessoas físicas e jurídicas seriam proibidas. Para o deputado João Paulo, isso iria desestimular a corrupção. "A corrupção começa já no financiamento de campanha por empresários. Isso precisa acabar".
Ao final, ele respondeu perguntas da platéia e pediu apoio para que a reforma seja aprovada, lembrando que a tentativa anterior, em 2004 (quando ele era presidente da Câmara Federal), não foi bem sucedida. "Se o novo sistema irá funcionar bem eu não tenho certeza. Mas tenho certeza de que o sistema atual não dá mais. O pior dos mundos é manter o atual sistema. É elitista; não favorece a renovação e tira as pessoas mais simples da disputa".