Ensino profissionalizante ganha importância, avaliam professores
O evento foi o primeiro organizado pelo Núcleo de Integração ao Legislativo, organismo da Câmara Municipal de Jundiaí desenvolve ações de aproximação com a comunidade. Participaram dirigentes de diversas instituições de ensino, coordenadores das escolas estaduais e autoridades de Jundiaí e região. No comando dos trabalhos, o presidente da Câmara, Luiz Fernando Machado, com apoio da vereadora Ana Tonelli e dos vereadores José Antônio Kachan e José Dias.
O primeiro a falar. no período da manhã, foi o professor Fernando Leme do Prado. Ele explicou as diferenças entre os cursos técnicos e tecnológicos, salientando as mudanças ocorridas no segmento ao longo das últimas décadas. Destacou também que falta conhecimento fora da escola sobre essas mudanças. À tarde, no final do encontro, ele sacou a constatação de que os cursos profissionalizantes eram encarados como algo de segunda linha mas essa idéia vem mudando. "É como se o patinho feio virasse um lindo cisne", apontou.
Na mesma linha, o Prof. Almério Melquídes de Araújo - coordenador de Ensino Técnico do Centro Paula Souza - abordou que as novas formas de trabalho com a revolução tecnológica exigem menos do físico e mais do intelectual. A parti daí, fez uma análise das mudanças na escola e nos cursos profissionalizantes do Ensino Médio e do Ensino Superior, para chegar ao tipo de profissional que temos hoje. As carreiras clássicas perdem espaço para outras que nem existiam, por exemplo. E ao profissional - de qualquer nível - não basta ter conhecimento técnico, mas capacidade de planejar e de fazer uso adequado do conhecimento para solucionar situações-problema.
Outra constatação é de que o setor público não dá conta sozinho da demanda crescente por cursos profissionalizantes. O sucesso das escolas mantidas pela Fundação Paula Souza (Escola Técnica Vasco Venchiarutti e Escola Técnica Benedito Storani, no caso de Jundiaí) e das FATECs mostra isso. Tanto que o Governo do Estado pretende dobrar o número delas nos próximos anos. Mas falta mais apoio Federal, observou o professor Almério.
No período da tarde, a representante da Ciesp, Vânia Mazzoni, aplaudiu a iniciativa do debate e confirmou que sobram vagas e faltam profissionais capacitados nas empresas da região.
Falaram também o professores Luiz Antônio Daniel (diretor da Fatec), Mauro Gut (diretor da ETEVAV), Lúcia Helena Romitelli (diretor da ETE Benedito Storani), Tânia Mara Mussi (Colégio Tableau), Francisco Carbonari (secretário de Planejamento de Jundiaí), José Antônio Galego (secretário de Educação de Jundiaí) e o ex-prefeito Miguel Haddad.
O prefeito de Campo Limpo Paulista, Armando Hasimoto, explicou como a prefeitura vem promovendo o ensino profissionalizante através de parceria com empresas privadas. O programa, que começa já nas creches com o uso do computador, leva o nome de "Mais Educação".
Um documento com as conclusões do seminário será divulgado nos próximos dias.