Lembranças e lições no Dia da Vitória
O presidente da Câmara, Luiz Fernando Machado, destacou que a cerimônia é realizada há oito anos sempre com entusiasmo de todos os envolvidos. Ele observou que a participação do Brasil na 2ª Guerra foi também motivo de impulso na área política, fazendo o país retomar a democracia. A grande lição da história, salientou o presidente, é que o país só será um lugar melhor pra viver se os políticos demonstrarem o mesmo patriotismo dos ex-combatentes, implementando medidas que promovam a justiça social e a cidadania.
O comandante do 12º GAC, coronel Orlando Roque de Simone, disse é importante levar essa história às novas gerações para que todos percebam a importância do Brasil no cenário mundial já naquela época.
Os veteranos não defendem a guerra. Ao contrário. Mas garantem que fariam tudo de novo. "Se eu tivesse condições físicas estaria pronto a servir meu país novamente", salientou Joaquim Caetano da Silva, 85 anos. O mesmo entusiasmo é mostrado por Wilson de Medeiroa, 83 anos. Ele lembrou das dificuldades da frente de batalha, sendo a pior delas o frio de até 20 graus negativos e a neve, que nenhum pracinha jamais havia visto.
Todos os que contam suas memórias se emocionam. Dos 25 mil brasileiros, perto de 500 não voltaram. Mas é interessante lembrar que um número ainda maior morreram antes do Brasil entrar na guerra, com o torpedeamento dos navios mercantes em costas brasileiras pelos submarinos alemães. Quer dizer, o Brasil não entrou na guerra porque quis, mas por uma questão de soberania.
Emoção
A cerimõnia foi abrilhantada pelas apresentações da Banda de Música do Comando de Policiamento do Interior da Região de Campinas e da dupla Sandra Gebran e Suely Queiroz (vocal e piano). No repertório, a Canção do Expedicionário, trecho da Ópera "Lo Schiavo", Lili Marlene, Over The Rainbow e What a Wonderful World, entre outras.
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