Moradores da CDHU pedem áreas de comércio
Na justificativa do projeto, Val e José Dias argumentam que a Fundação Municipal de Ação Social (FUMAS) vem beneficiando um grande número de munícipes com projetos de conjuntos habitacionais de interesse social (para famílias de baixa renda). Entretanto, esses conjuntos localizam-se longe de centros comerciais. Assim, eles propõem que os novos conjuntos sejam feitos já com áreas reservadas para mercado, farmácia, padaria e outros estabelecimentos de pequeno porte.
Mais ainda, o projeto também determina que em caso de transferência dos moradores de um núcleo de submoradias para um novo empreendimento, que seja feita uma avaliação dos estabelecimentos já existentes para que eles possam também existir no novo local.
Esse detalhe seria fundamental, na opinião dos moradores do Conjunto Habitacional João Mezzalira e do Vista Alegre, na região do Jardim Novo Horizonte. O presidente da Associação dos Moradores do Novo Horizonte, José Décio Silva Filho, foi à tribuna e salientou que moradia digna é mais do que apenas a casa. Ele disse que fez à Prefeitura pedido para uso de construções ali existentes para projetos da associação. "Foi negado e ficaram aqueles elefantes brancos que só servem como ponto de prostituição e uso de drogas". Ressaltou que os moradores que já trabalharam com comércio em outros locais precisam continuar obtendo renda no bairro da nova moradia.
Outros moradores se manifestaram nesse sentido e o superintendente da FUMAS, Eduardo Palhares, disse que todos que aderiram ao empreendimento do João Mezzalira e Vista Alegre sabiam que era só para moradia e não poderia haver comércio. "Ninguém foi enganado e também é preciso ver que são empreendimentos da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano), que é do Governo do Estado".
Centro comercial
Quanto aos novos empreendimentos a solução parece mais próxima. O secretário de Planejamento e Meio Ambiente, Jaderson Spina, disse que apóia o projeto dos vereadores e inclusive sugeriu emendas. O ideal, segundo ele, é que sejam reservados 5% do loteamento para a criação de centro comercial. Para o secretário, é preciso evitar que casas sejam transformadas em comércio em pontos diversos do bairro. Ao contrário, é melhor reunir comércio e serviços em um único ponto, facilitando para todo mundo.
A audiência foi presidida pelo vereador Paulo Sérgio Martins, vice-presidente da Câmara. Participaram os vereadores Leandro Palmarini, Gustavo Martinelli, José Dias, Enivaldo Ramos de Freitas, Ana Tonelli, Antônio Carlos Pereira Neto (Doca), Sílvio Ermani, Fernando Bardi, Mingo Fontebasso.
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