São Vicente deverá passar por reformas
A audiência começou com a apresentação dos números a respeito do orçamento da pasta de Saúde, com a informação de todos os gastos. A secretaria é a que tem o maior orçamento no município, com cerca de R$ 300 milhões por ano (em 2012). Mesmo com tantos recursos, o secretário observou que ainda há fila de cerca de 5 mil pessoas para exames e cerca de 400 para cirurgias eletivas (aquelas que não são urgentes).
Em seguida o secretário respondeu perguntas do público presente e dos vereadores. O integrante do Conselho de Saúde, Agostinho Moretti, reclamou das instalações do Hospital São Vicente de Paulo e o secretário respondeu que isso está sendo levantado e que o prefeito Pedro Bigardi pretende fazer uma reforma emergencial.
A questão dos medicamentos de alto custo também foi discutida. No ano passado a Prefeitura gastou quase R$ 7,6 milhões com medicamentos entregues por força de mandados judiciais. Miranda diz que é preciso mudar o sistema de compra, pois essa demanda vai continuar. Segundo ele, é possível economizar se houver uma previsão desse tipo de atendimento.
Outro assunto abordado foi o Pronto Atendimento Central 24 horas, que foi inaugurado na segunda-feira. Com ampla área de atendimento, consultas e um novo setor de internação que oferece 25 leitos para desafogar o Hospital São Vicente de Paulo, o PA funciona ao lado da praça Dom Pedro II e teve uma procura grande no primeiro dia. Miranda disse que estão sendo estudados outros locais para a instalação de serviços semelhantes. A previsão é de pelo menos quatro UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) no Jardim Novo Horizonte, Ponte São João, Zona Norte e Zona Sul da cidade.
A falta de recursos humanos também foi comentada pelo secretário. Ele observou que faltam médicos, enfermeiros e agentes de saúde. Por isso a Prefeitura deverá lançar mão da terceirização em alguns setores. Respondendo a pergunta dos vereadores, ele explicou que a gestão do Hospital São Vicente é feita pela Prefeitura mas há funcionários terceirizados.
Participaram da audiência os vereadores Celso Arantes, Gustavo Martinelli, José Dias, Leandro Palmarini, Paulo Sérgio Martins, Rafael Antonucci, Rafael Purgato, Antônio de Pádua Pacheco, Marcelo Gastaldo e mais o presidente da Câmara, Gerson Sartori, além do conselheiro de Saúde Irineu Romanato e lideranças do terceiro setor, como Verci Bufalo (do Grendacc - Grupo em Defesa da Criança com Câncer).