Saúde mental do servidor: gestão do estresse como ferramenta
A Câmara Municipal de Jundiaí, consciente da importância de incentivar ações que garantam um ambiente de trabalho produtivo e saudável, promoveu durante três meses um programa de Práticas Integrativas e Complementares a Saúde.
Segundo informações do sítio do Ministério da Saúde, as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) são abordagens terapêuticas que têm como objetivo prevenir agravos à saúde, promover e recuperar a saúde, enfatizando a escuta acolhedora, a construção de laços terapêuticos e a conexão entre ser humano, meio ambiente e sociedade.
O programa foi adaptado para o ambiente organizacional e aplicado pela servidora Priscila Marquezin, que está cursando Naturologia. Priscila esclarece que a metodologia visou abordar a estrutura física, emocional e espiritual do ser humano, de maneira integrada, incentivando a auto-observação. Em consequência disto, o praticante passa a agir de forma mais consciente e assertiva em suas ações diárias, fato que ajuda no gerenciamento do estresse.
As principais práticas aplicadas no programa foram aromaterapia, cromoterapia (meditação e mindfulness), escalda-pés e reflexologia, que incentivam a promoção da autopercepção e do autocuidado.
Outro ponto importante que a servidora destacou foi que tais práticas incentivam o indivíduo a observar a sua respiração, que, quando realizada de forma completa e consciente, é capar de trazer a mente humana para o momento presente. “Quando a mente está no momento adequado, as chances de o indivíduo desenvolver ansiedade e depressão diminuem, pois aqueles pensamentos que estão presos no passado tendem a ocasionar episódios de depressão e as mentes que estão preocupadas com o futuro podem desenvolver a ansiedade”, explicou.
Priscila comentou também que a auto-observação é uma ação que está prejudicada nos dias atuais, pois quando as pessoas passam a agir de forma “automática”, em virtude de viverem uma rotina estressante, de usarem demasiadamente telas, de terem excesso de informações rápidas e processadas, elas mantém o foco da sua mente apenas no mundo externo, atrapalhando a percepção do ser humano sobre o mundo real ao seu redor.
Ao final do ciclo, Priscila avaliou positivamente os resultados das práticas, pois recebeu feedback positivo dos servidores que participaram do processo, reforçando que houve uma ajuda em sua rotina diária, promovendo mudanças de hábitos.
Nas últimas décadas, as organizações têm se conscientizado da importância de investir no bem-estar de seus colaboradores. Este movimento não é apenas uma tendência, mas uma necessidade reconhecida para garantir um ambiente de trabalho produtivo e saudável. O foco no bem-estar dos funcionários resulta em benefícios tanto para os indivíduos quanto para a organização como um todo, promovendo um clima organizacional positivo, reduzindo taxas de absenteísmo e rotatividade.
A gestão do estresse é uma ferramenta poderosa que as organizações devem incorporar em suas políticas de bem-estar. Ao priorizar a saúde mental dos servidores, as organizações não apenas melhoram a qualidade de vida dos colaboradores, mas também constroem uma base sólida para o sucesso organizacional sustentável.