Vereadores abraçam campanha pelo Hospital São Vicente
Os vereadores de Jundiaí abraçaram uma campanha para cobrar do Governo do Estado de São Paulo a inclusão do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) na lista de repasse de recursos do programa Santas Casas SUStentáveis. Desde 2015 o hospital está apto a receber o repasse mensal de R$ 2.156.559,19 por ser um dos 14 hospitais estruturantes do interior e Baixada Santista.
O São Vicente é o único hospital desta lista que não recebe repasses, porém segundo dados da CROSS (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde) é o hospital mais efetivo dentre as 63 microrregiões de saúde do Estado de São Paulo, com uma taxa de 95% de efetividade. “Não estamos pedindo ajuda, estamos cobrando um repasse ao qual o hospital tem direito. É direito garantido”, reforça o vereador e médico Dr. Wagner Ligabó, que é presidente da Comissão de Saúde da Câmara de Jundiaí.
Durante apresentação dos novos quartos do HSVP, o superintendente Matheus Gomes reforçou que caso a entidade estivesse recebendo o repasse ao qual tem direito, não haveria deficit esse ano. “Conseguimos um repasse de R$ 10 milhões do governo estadual esse ano, mas no final do ano precisaremos de mais R$ 15 milhões. Ou seja, se estivéssemos recebendo o Santas Casas SUStentáveis, não haveria deficit algum”, disse.
Desde 6 de novembro de 2015 o Hospital São Vicente de Paulo, de Jundiaí, está habilitado a receber do governo estadual. Mas em janeiro de 2017 o convênio foi realmente assinado, embora nunca publicado. Se tivesse recebido desde janeiro de 2017 o hospital já teria recebido R$ 65 milhões. Até agora, no entanto, só veio um repasse de R$ 15 milhões em 2018 e a promessa de R$ 10 milhões para 2019.
Hoje o financiamento do hospital custa cinco tabelas SUS, mas o Ministério da Saúde paga apenas uma. O restante do custeio deveria ser dividido entre governo estadual e municipal, mas a conta está toda no município, que banca mais de 80% do custeio.
Todos os vereadores se envolveram na questão, bem como a sociedade civil. Há abaixo-assinados distribuídos em todos os gabinetes e outros serão entregues nas Unidades Básicas de Saúde, Pronto Atendimentos, entidades assistenciais, estabelecimentos comerciais e outros pontos de grande público.