Vereadores discutem episódio da criança cigana
Participaram os vereadores Durval Orlato, Roberto Conde, Leandro Palmarini, Domingos Fontebasso e Júlio César de Oliveira (esses da Comissão de Direitos Humanos), além de Ana Tonelli, Sílvio Ermani, Marilena Negro e Fernando Bardi. A iniciativa foi da Comissão, através de seu presidente Durval Orlato. Também participou o secretário de assuntos parlamentares da Prefeitura, Oraci Gotardo.
Após a reunião, o presidente da Comissão de Direitos Humanos, Durval Orlato, disse que a intenção foi levantar as informações para dar uma resposta pública a todos que procuraram os vereadores protestando a respeito do caso. O relatório da Comissão será entregue ao Executivo e a entidades nos próximos dias. Na avaliação inicial Durval apontou que trata-se de um episódio lamentável e isolado. Ele defendeu a Guarda Municipal - que estaria apenas cumprindo seu papel - e disse acreditar que o juiz do caso "foi um pouco precipitado".
O caso
Foi denunciado à Vara da Infância e Juventude que uma mãe usava a filha de pouco mais de um ano de idade para sensibilizar as pessoas e conseguir esmolas no Centro. No dia 15, uma ordem do juiz Jefferson Barbin Torelli determinava que a criança fosse enviada a um abrigo. A mãe, Dervana Dias, 24 anos, que seria cigana, foi levada à Delegacia da Mulher. No momento de entregar a criança uma equipe de TV começou a fazer imagens e a mãe reagiu, sendo necessária a intervenção da Guarda Municipal.Essas imagens provocaram protestos contra os guardas municipais.
Após cinco dias o juiz determinou que a criança fosse entregue à mãe. Mas a investigação sobre a mãe e as condições de criação da criança continuam.
O comandante da corporação disse nessa terça-feira que há uma apuração preeliminar para avaliar se os GMs desrespeitaram alguma norma. Mas salientou que eles estavam no local a pedido da autoridade policial e em apoio ao comissário de menores.